Vossa Excelência "O Trombone"

O Trombone tem a sua própria voz. Todos nós devemos encontrar e desenvolver o nosso estilo pessoal.


Encontrei no trombone a vontade de crescer!maravilhoso mundo do trombone ,A ARTE REVOLUCIONÁRIA DE AMAR". O TROMBONE TOCA!!!




Música um Encontro com a Paz!

Música um Encontro com a Paz!


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Trombonista em Orquestra

Em parte devido à quase inexistência de orquestras sinfônicas no nosso país, o estudo de passagens de orquestra e muitas vezes o próprio trabalho de música de câmera é completamente negligenciado nas nossas escolas de música. Demasiadas vezes, os estudantes de Trombone (e não só) acabam os seus cursos nos conservatórios e escolas profissionais sem terem tocado uma única vez com um quarteto de trombones, um quinteto de metais ou qualquer outro grupo de música de câmara. Isto para não falar na classe de orquestra que muitas vezes não funciona, ou então funciona em moldes muito reduzido que dificilmente pode abordar obras do repertório sinfônico que incluam um número maior de músicos e consequentemente um naipe de trombones.
Assim se vai desenvolvendo um trabalho perigosamente direcionado para a vertente solista da música. Este fato torna-se ainda mais alarmante se pensarmos que o número de trombonistas, a nível mundial, a dedicar a sua carreira exclusivamente ao trabalho de solista é quase nulo. Dificilmente se criarão neste país as infra-estruturas que permitam que permitiram a Christian Lindberg vingar como o primeiro solista de trombone na História da Música.
Após verificarmos que a carreira no nosso país nunca poderá ser o nosso objetivo principal, penso ser de bom tom direcionarmos todas as baterias para o trabalho de orquestra, o que também é perigoso devido á falta de orquestras.
Muitas pessoas não têm a noção de qual será o trabalho a desenvolver para se ter uma preparação adequada para se ser um bom instrumentista de orquestra. Primeiro de tudo desenvolver a capacidade de tocar em grupo, não ao acaso mas com muita sabedoria. Quando se toca em grupo é necessário criarem-se bases de inicio, ou seja todo o grupo tem que desenvolver várias técnicas em conjunto como: o tipo de articulação, o tipo de ataques, o ligado e respiração têm que ser definidos como iguais para todos, isto é consoante a obra que se vai trabalhar, pois existem vários estilos e cada estilo tem o seu tipo de tipo de articulação, o tipo de ataques, o ligado. Além destes fatores importantes existe a afinação e a fundição do som o que normalmente é o mais complicado num grupo. Para se ter uma boa afinação e fundição de som o grupo tem que praticar inúmeras escalas em acordes, o que nos permite ouvir com mais clareza cada uma das vozes, podendo assim cada um verificar se está alto ou baixo e retificando a sua afinação cada com mais rapidez. O equilíbrio do som do grupo tem também que ser testado através também de exercícios em p até ff.
Durante a preparação exaustiva em grupos de música de câmara não se devem descuidar os excertos de orquestra. Estes serão mais tarde o nosso maior trunfo para o ingresso numa orquestra. Como se deverão trabalhar excertos de orquestra? É esta a pergunta a que muitos não sabem dar resposta. O primeiro passo é fazer um levantamento de quais são os principais excertos de orquestra, a partir dai conseguir algumas as melhores gravações com as melhores orquestras e maestros e aí encontraremos várias interpretações, as quais teremos de ouvir muito bem para as pormos em prática. Quando se concorre a uma orquestra temos que ter em atenção qual a sua nacionalidade e qual o seu maestro titular pois esses fatores é que nos vão dar a dica para a interpretação dos excertos de orquestra, pois como é sabido cada maestro tem o seu estilo assim como cada país.
A orquestra sinfônica é uma área que tem gerado uma certa polemica, justamente devido ao instrumento correto a utilizar. A orquestra dos nossos dias abrange uma grande variedade de épocas e estilos musicais que implicam uma crescente versatilidade em termos de dinâmicas e cores sonoras. Enquanto que para Mozart, Beethoven, Schubert e Schumann (entre outros) um ff orquestral corresponde grande parte das vezes a um f ou mf no naipe de trombones, para compositores como Mahler, Wagner, Richard Strauss, Shostakovich, ou Stravinsky, as dinâmicas escritas são realmente as pretendidas. Um instrumento com uma tubagem média (como é o caso do Bach 36, por exemplo) nunca poderá satisfazer as exigências de uma obra como a Tetralogia de Richard Wagner, qualquer das Sinfonias de Gustav Mahler ou os magníficos poemas sinfônicos de Richard Strauss. Os modelos largos (como o Bach 42) são os únicos que podem conferir à secção de trombones a nobreza necessária nos grandes ff orquestrais, e o caráter sombrio e misterioso dos acordes em pp, nestas obras.
Um argumento utilizado pelos mais cépticos é que os modelos largos são incompatíveis com a posição de primeiro Trombone, devido à grande resistência necessária para suportar frases longas nos agudos, por exemplo...
Na maioria dos casos em que perguntei se a mudança para o modelo largo ajudou, todos de me respondem afirmativamente e acrescento que sentem mais facilidade na região aguda e uma melhoria em termos de som. Em relação ao fato de ser cansativo para um Primeiro Trombone utilizar estes instrumentos, apenas me dizem nunca necessitaram nem tiveram vontade de voltar atrás.
Por outro lado os instrumentistas de tubagem média são os indicados para os primeiros anos de estudo no Trombone. Ao mesmo tempo são os instrumentos de eleição para grande parte dos músicos de jazz, bem como os Trombones de tubagem estreita, ideais para o lugar de primeiro Trombone numa orquestra de jazz, por exemplo.
Hoje em dia o Trombone utilizado na maioria das orquestras mundiais é o Trombone de Tubagem larga.
Devido a estes fatores penso ser o modelo largo então o aconselhado para uma prestação em orquestra.
Quando se entra numa orquestra a preparação de toda uma vida escolar põe-se à prova e aí é preciso ser-se muito versátil e muito dinâmico. O repertório em orquestra varia de semana para semana e por isso é preciso muito trabalho quer individual quer de naipe. O trabalho de naipe engloba muitas das vezes a tuba, pois ela é por vezes o suporte do Trombone. Os corais orquestrais são sem sombra de dúvida a maior complexidade de um naipe de Trombones, quer em pp quer ff. Todo o trabalho de naipe tem que ser levado muito a sério, mesmo que seja uma passagem que não dê muito nas vistas, tudo é importante. O Trombone assim como qualquer instrumento é um amplificador que pode transmitir uma grande variedade de estados de alma.


Trombone

Trombone